Thaísa Helena

     Aquele momento em que você pega o trem e começa a refletir em algumas coisas curiosas que acontecem aleatoriamente em seus dias e você começa a achar que há alguma conexão divina entre elas. Confuso? Então continue lendo o que Painho me ajudou a entender nesta semana.

     Não fazemos aquilo que o Senhor deseja porque temos caminhado pelas nossas próprias forças. A bíblia é recheada de citações onde nos mostra que grandes homens e até Jesus, faziam o que faziam na força do Espírito Santo.
     Não temos tido tempo para Deus e o Espírito Santo, mesmo estando presente em quase todos os cultos e envolvidos em inúmeros eventos góspeis. Nossos ouvidos, mentes e corações estão fechados ou parcialmente abertos para ouvir a voz de Deus.
     Nos perdemos em nosso mundo e ouvimos inúmeras vozes distraidoras. Vozes que nos confundem, enganam e nos levam para cada vez mais longe da comunhão, da intimidade com nosso Pai. Vozes de coisas até boas, mas que nos roubam a preciosidade que é estar aos pés do ÚNICO que deveria ter toda nossa atenção.

     A tendência dos nossos dias é estarmos cada vez mais atarefados dentro e fora da Igreja, que nosso relacionamento com Deus entrará em extinção. Os sinais estão aí, temos a informação a um clique, obtemos coisas de modo acelerado e prático. Mas estar com Deus requer consciência, racionalidade, tempo, espera, dedicação, paciência, renúncia, confissão, transparência, nudez da alma, reconhecimento de erros, clamor por perdão, saber ouvir a VOZ certa, solitude, fé, disposição e, quem quer “perder” tempo com isso em pleno século XXI? Certa vez, uma grande amiga me disse que estar com Deus todo o tempo, diariamente, é uma questão de vida ou morte. Eu concordo com ela, pois todas as vezes em que me encontro perdida e confusa, me sentindo estranha e desanimada, percebo que meu tempo com meu Pai está debilitado, negligenciado por coisas e momentos aparentemente mais urgentes ou “mais interessantes”.

    
     Nem sempre temos vontade de orar, muitas vezes por não conhecermos outras formas senão o padrão: “Senhor meu Deus e meu Pai abençoe isso isso e aquilo, me dê isso isso e aquilo outro...”. A verdade é que orar é falar com Deus, podemos fazer isso! Ele nos ensinou em sua Palavra não apenas o “Pai Nosso”, mas inúmeras formas de fazê-la. Basta sermos nós mesmos.

     Que possamos nos voltar ao trono da graça e, de fato, rasgar nosso coração aos pés do nosso Senhor, sem reservas, medo, vergonha, distrações, apenas ficar ali com Ele, ouvindo sua VOZ e organizando nossa bagunça interior para que assim, estejamos em intimidade com Ele e possamos realizar as tais obras maiores que Ele nos prometeu que realizaríamos. (João 14:12).

Na paz de Jah.