Jesus, porém voltou para o monte das Oliveiras. Mas no outro dia de manhã, bem cedo, estava de volta no templo. Logo se reuniu uma multidão, e ele se assentou para falar a eles. Quando estava falando, os mestres da lei e os fariseus trouxeram-lhe uma mulher apanhada em adultério e a colocaram diante da multidão. "Mestre", disseram a Jesus, "esta mulher foi surpreendida no próprio ato de adultério. A Lei de Moisés manda que seja apedrejada. E o Senhor, o que diz?" Eles estavam procurando apanhar Jesus dizendo alguma coisa que pudessem usar contra ele. Mas Jesus se inclinou e escrevia na terra com o dedo. Como eles continuaram a fazer a mesma pergunta, ele se levantou e disse: "Quem de vocês estiver sem pecado, que seja o primeiro a atirar uma pedra  nela!" Depois abaixou-se de novo e voltou a escrever na terra. Quando ouviram isso, foram saindo, um a um, começando pelos mais idosos, até que deixaram sozinhos Jesus com a mulher em pé diante dele. Então Jesus se ergueu novamente e perguntou a ela: "Mulher, onde estão os teus acusadores? Nenhum deles condenou você"? "Ninguém, Senhor, disse ela. E Jesus disse: "Eu também não a condeno. Vá embora e não peques mais".      João 8:1-12

Nascemos e imediatamente somos enquadrados em um modo de vida humano. Criamos hábitos humanos, conceitos humanos, pensamentos humanos e sentimentos humanos. Porém, fomos criados para a eternidade e somos confrontados a aos poucos deixar a essência humana. Sim, isto tudo é muito complexo para nós, meros mortais. Mas ao ler este trecho da Bíblia hoje pela manhã me senti confrontada com minhas práticas humanas. Qual seria minha posição neste enredo, estaria ao lado de Jesus ou com a multidão com pedras nas mãos pronta para acertar o alvo de meu desprezo?

Ao ler o trecho que Jesus pergunta a mulher onde estavam os acusadores e ela responde que havia ido embora, Jesus a despede e também não a condena. Só que Ele NÃO TINHA NENHUM PECADO! Ele era o único que podia apedrejá-la. Mas o que Ele fez? Ele a perdoou, a amou e deixou uma ordem: "Vá embora não peques mais". Que loucura não?! Ele tinha o juízo nas mãos e a deixou livre.

Entendi que apesar de sermos inseridos em uma cultura onde todos podem ser juízes uns dos outros, devemos desconstruir aos poucos, e pedindo sabedoria a Deus, nossos conceitos humanos. Podemos fazê-lo a luz da Palavra que é "viva e poderosa e mais cortante do que uma espada afiada de dois lados, que penetra fundo a ponto de separar alma e espírito, juntas e medulas, pensamentos e desejos do coração, mostrando-nos como somos na realidade" (HEBREUS 4:12).

Assim, poderemos caminhar para o propósito do Pai, sermos semelhantes a Jesus.

Era mais uma manhã. O dia estava comum, as pessoas correndo de um lado para o outro para cumprir sua rotina. Ela ia ao trabalho. Acabara de descer do trem e caminhava pela calçada quando, de repente, viu um homem retirando uma "coisa" de seu jardim e jogou na calçada. Ela olhou e notou que era uma lagarta, e rapidamente um colega do senhor que a retirara esmagou-a com uma pisada só. Parecia algo comum até que ao continuar caminhando era como se uma voz a dissesse: – "Ela viraria uma borboleta, mas não deram tempo a ela". 

Isso acontece todos os dias a nossa volta. Cultivamos nosso jardim e tentamos deixá-lo impecável, até que aparecem algumas lagartinhas e, muitas vezes, fazemos como aquele homem, nos desfazemos delas com uma grande facilidade. Algumas lagartas não são bonitas, nos incomodam, fazem algumas sujeiras, mas se dermos tempo elas viram lindas borboletas. 

Quantas pessoas "difíceis" surgem em nossas vidas todos os dias e por um ímpeto de desconforto tendemos a eliminá-las rapidamente? Pessoas precisam ser cuidadas. Algumas não conseguem se virar sozinhas precisam de companhia. Às vezes só precisam ficar quietinhas ali em nosso jardim se alimentando do que podemos oferecer: palavras de vida e esperança. Depois de um tempo chega o momento delas, terão de caminhar sozinhas para formarem seus casulos e aí sim, terem sua transformação concluída.
Que Deus nos dê a graça de cuidarmos das lagartas que entram em nosso jardim. 

E hoje eu aprendi que preciso olhar ao meu redor e ver Deus agindo. Nem sempre as coisas serão como eu sonhei ou desejei ardentemente em meu coração, Deus sempre terá o melhor dele para minha vida no momento certo. Preciso buscá-lo para que nossos planos estejam em um acordo perfeito, para que nosso relacionamento seja estreito e íntimo. Muitos de nós vivemos ansiando experiências grandiosas e marcantes e não nos damos conta de que estamos vivendo coisas maravilhosas em Deus todos os dias, mas por serem tão simples não as percebemos.

Pois é, SIMPLICIDADE a ferramenta mais doce de Deus. Se não conseguimos enxergar o simples como faremos coisas grandes? Se não atentamos para o detalhe como conduziremos algo de proporções maiores que nosso campo de visão?
Na simplicidade Deus faz maravilhas, liberta cativos, derrama seu amor, cura enfermos, muda rumos e histórias. Na simplicidade Ele se revela àqueles que tem o coração puro, como o de uma criança, que estão sensíveis ao que Ele faz.

E por ser assim, Deus quer que também o sejamos. Que a transparência seja nossa forma de expressão verdadeira ao Senhor. Relacionamentos fortes e verdadeiros precisam ser desenvolvidos, não surgem de uma hora para outra. Da mesma forma ocorre com Deus, quanto mais o buscamos, maior nossa intimidade e nossa visão centraliza no foco: o que Deus quer fazer em minha vida e através dela?

Assim como foi com o profeta, Ele vem num cicio suave...basta apenas que o queiramos como Senhor do nosso tempo.

Há anos tenho vivido uma vida diferente, porque um dia na minha infância Deus me chamou à diferença. Embora sempre vivesse na igreja não entendia muito bem o que Deus queria que eu fizesse. Hoje após muitas experiências na presença dEle posso dizer que vivo para Ele, pois é a única forma de ser livre.

Imagine um martelo. Ele foi desenhado para bater pregos. Foi para isso que ele foi criado. Agora imagine que o martelo nunca é usado, fica lá jogado na caixa de ferramentas. O martelo não se importa.

Agora, imagine o mesmo martelo com uma alma, com consciência própria. Dias e dias passam e ele continua na caixa de ferramentas. Ele se sente meio estranho, mas não sabe exatamente o porquê. Alguma coisa está faltando, mas ele não sabe o que é.

Então um dia alguém o retira de dentro da caixa de ferramentas e o usa para quebrar alguns galhos para pôr na lareira. O martelo fica cheio de alegria. Ser segurado, utilizado com eficácia, batendo nos galhos–ele ama aquilo. No final do dia, entretanto, ele ainda se sente insatisfeito. Bater nos galhos foi divertido, mas não era o bastante. Algo ainda estava faltando.

Nos dias seguintes, ele foi usado freqüentemente. Desamassou uma calota, despedaçou algumas pedras, colocou o pé de uma mesa no lugar. Ainda assim, continua insatisfeito. Ele anseia por mais ação. Ele quer ser usado o máximo que puder para bater nas coisas ao seu redor, para quebrar, despedaçar e amassar coisas. Ele descobre que não experimentou o bastante desses eventos para se sentir completo. Fazer mais dessas mesmas coisas, ele acredita, é a solução para sua insatisfação.

Então um dia alguém usa o martelo num prego. De repente, uma luz invade a alma do martelo. Ele agora entende para que foi verdadeiramente projetado. Foi feito para bater pregos; que não tinha nem comparação com as outras coisas que ele bateu. Agora ele sabia o que sua alma de martelo estava buscando por tanto tempo.

Fomos criados à imagem de Deus, para ter um relacionamento com Ele. Estar envolvido nesse relacionamento é a única coisa que irá satisfazer as nossas almas. Até conhecermos a Deus, tivemos experiências maravilhosas, mas não tínhamos acertado o prego. Fomos usados para propósitos muito nobres, mas não para o qual fomos especialmente projetados, não para o qual iria nos trazer plena satisfação. Agostinho resumiu da seguinte maneira: “Tu [Deus] nos fizeste para Ti mesmo e nossos corações não encontrarão descanso até que estejam descansados em Ti.”

Um relacionamento com Deus é a única coisa que irá saciar o desejo de nossas almas. Jesus Cristo disse: “Eu sou o pão da vida. Aquele que vem a mim nunca terá fome; aquele que crê em mim nunca terá sede” (João 6:35). Até conhecermos a Deus, estamos famintos e sedentos de vida. Tentamos “comer” e “beber” todos os tipos de coisas, mas a insaciedade permanece.

Somos como o martelo. Não percebemos o que irá acabar com aquele vazio, a insatisfação, nas nossas vidas. Até mesmo no meio de um campo de concentração nazista, Corri Tem Boom entendeu que Deus dava satisfação completa: “A fundação da nossa felicidade era que sabíamos que estávamos guardados com Cristo em Deus. Podíamos ter fé no amor de Deus…nossa Rocha que é mais forte do que a mais profunda escuridão.”

Geralmente quando deixamos Deus de fora, tentamos encontrar satisfação em algo que não é Deus, mas nunca podemos ter o bastante desse algo. Continuamos “comendo” ou “bebendo” mais e mais, equivocadamente pensando que “mais” é a resposta do problema, ainda assim nunca estamos plenamente satisfeitos.
O nosso grande desejo é conhecer a Deus, ter um relacionamento com Ele. Por quê? Porque isso nos mostra para que propósito fomos criados. Você já acertou um prego?

Fonte: http://www.suaescolha.com/