O que é verdadeiro ou falso "nessa minúscula fenda por onde aquilo que dizemos nos escapa"?
Embora a sociedade seja contemporânea, os processos educativos, em geral, não o são. Continuam sendo a representação de quem detém o poder na sociedade. Assim, identificamos o discurso ligado ao poder quando, por exemplo, o posicionamento crítico do aluno é censurado pelo professor que uma vez sendo possuidor deste poder detém a legitimidade do discurso. Desta forma ele passa a acreditar que possui a “verdade absoluta” e os processos educativos passam a responder a uma condição autoritária.
A partir desta observação podemos afirmar que o discurso pode constituir-se em verdadeiro ou falso em relação a quem se apropria do mesmo. No texto, Foucault aborda a questão do discurso oriundo da loucura. Ao afirmar: “Era por intermédio das suas palavras que se reconhecia a loucura do louco...”, entendemos que a partir do que era dito, a partilha do discurso entre verdadeiro ou falso era realizada.
Seguindo também no trecho onde ele afirma que o discurso do louco até era ouvido, mas de maneira simbólica nos teatros, onde a verdade aparecia de forma mascarada, podemos fazer uma analogia com o período da ditadura. Nesse período, a questão de “quem quer que seja, finalmente, não pode falar do que quer que seja” era muito clara.
Embora a sociedade seja contemporânea, os processos educativos, em geral, não o são. Continuam sendo a representação de quem detém o poder na sociedade. Assim, identificamos o discurso ligado ao poder quando, por exemplo, o posicionamento crítico do aluno é censurado pelo professor que uma vez sendo possuidor deste poder detém a legitimidade do discurso. Desta forma ele passa a acreditar que possui a “verdade absoluta” e os processos educativos passam a responder a uma condição autoritária.
A partir desta observação podemos afirmar que o discurso pode constituir-se em verdadeiro ou falso em relação a quem se apropria do mesmo. No texto, Foucault aborda a questão do discurso oriundo da loucura. Ao afirmar: “Era por intermédio das suas palavras que se reconhecia a loucura do louco...”, entendemos que a partir do que era dito, a partilha do discurso entre verdadeiro ou falso era realizada.
Seguindo também no trecho onde ele afirma que o discurso do louco até era ouvido, mas de maneira simbólica nos teatros, onde a verdade aparecia de forma mascarada, podemos fazer uma analogia com o período da ditadura. Nesse período, a questão de “quem quer que seja, finalmente, não pode falar do que quer que seja” era muito clara.
Assim, nossos artistas tidos como loucos, pelos propagadores da repressão, eram “interditados” e seus discursos ou eram excluídos (quando iam para o exílio) ou eram ouvidos nos “teatros” representando a verdade de forma mascarada. Identificamos esta arte simbólica em muitas obras realizadas como o Tropicalismo que durou pouco mais de um ano por ser reprimido pelo governo militar.