"Era uma tarde agradável quando quatro amigos entraram em uma grande instituição e souberam que seriam beneficiados. Havia um prêmio reservado para
cada um deles. A alegria tomou conta e, muito entusiasmados, perguntaram a
recepcionista como poderiam retirar o prêmio. A mesma informou que estaria disponível
no 9º andar do prédio e precisariam ir pelas escadas. E, lá se foram os
amigos buscá-lo.
Passaram pelo 1º andar bem tranquilos, igualmente no 2º, mas no 3°, perceberam
que a estrutura do prédio estava um pouco menor, as paredes estavam mais estreitas e o teto mais baixo mas continuaram subindo. De repente perceberam que do 3° para o 4° andar não havia saída no fim da escada. Então, Helena empurrou a escada, que neste trecho era de madeira, e ela foi desmembrada formando assim uma nova passagem. Do 4° para o
5° andar, os amigos precisaram passar abaixados, quase rastejando, mas conseguiram chegar ao
próximo andar.
Já cansados, chegaram ao 6º andar e, neste momento, o
pavor tomou conta deles. Havia um espaço tão estreito e alto para atravessarem
que, em alguns momentos, pensaram que cairiam lá embaixo e morreriam. Foram momentos de muito medo e
dúvidas. A incerteza do que vinha pela
frente e o medo do que estavam vendo lá embaixo, os paralisaram por um tempo, mas uma decisão precisava ser tomada.
De repente, Helena, que seguia na frente, prosseguiu pelo caminho
estreito. Devagar, mas sempre adiante, olhando para frente e não mais para
baixo. As outras etapas de andares também ficaram bem difíceis, mas eles conseguiram passar por elas.
Quando chegaram ao andar do prêmio,
Helena olhou bem atenta para uma enorme sala cheia de coisas exóticas mas não
havia ninguém. chamou por um tempo, mas não via ninguém. De repente, depara-se com a recepcionista. Então ela pergunta: – "Onde está o meu
prêmio? Você disse que estaria aqui neste andar, porém não o encontro.
Subi 9 andares super difíceis para buscar meu prêmio e ele não está aqui????"
Sorrindo, a jovem diz: – "Seu prêmio é você estar aqui. Cada andar
que você passou a preparou para estar aqui. Você não enfrentou essas dificuldades como falta de força, fé,
medo da altura e do futuro, prensa, escada sem saída e demais obstáculos à toa. Tudo o que
você enfrentou e venceu a trouxe até aqui..."
E então, eu acordei e fiquei relembrando cada coisa. Deus fala conosco de inúmeras formas. Gosto muito quando em sonho. Neste, eu
realmente senti as emoções de cada fase enfrentada. Parecia tão real que
acordei cansada. Porém, tive a
compreensão de que a vida cristã é como essas escadas. No começo, é tudo simples, são os primeiros andares. Depois enfrentamos um aperto aqui, outro ali
. Mas, quando o deserto chega e nos encontramos perdidos sem o controle das
coisas, precisamos olhar pra frente e confiar naquilo que Ele nos falou nos
primeiros andares. Não é fácil e, por vezes,
achamos que não aguentaremos. Mas, "confiando em nosso Deus e em seu
eterno amor, não seremos abalados". (Nivea Soares).
A sala do prêmio me
fez lembrar de um versículo: "Combati o bom combate, completei a carreira
e guardei a fé." (2 Timóteo 4:7). Nunca, nunquinha podemos perder a nossa fé. É ela que nos faz ir além do caminho árduo e
estreito que parece nos levar à morte. É ela que fortalece nosso homem interior
dia a dia. É ela que nos leva ao Pai. E, quando chegarmos diante dele no Grande Dia, lembraremos de nossas escadas e nos alegraremos com ele por estarmos ali.
Ele é o nosso prêmio e o que Ele faz
dentro de nós é o que realmente importa.