Thaísa Helena
Volta e meia me pergunto: " O que vou postar agora para o blog não parar?
A resposta veio simples: " O seu momento".
Então, aproveitando este clima de Natal deixo um vídeo muito fofinho que narra a trajetória de Jesus aqui na Terra. Daquele que nasceu e morreu para nos dar vida e vida em abundância. A quem devemos agradecer todos os dias pelo simples fato de estarmos vivos.

Bjinhus e feliz Natal a todos.


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Thaísa Helena
"Toda história tem um fim.
Mas na vida, todo fim é um novo começo."


Ao iniciar este blog, como disse em minha primeira postagem, fiquei um tanto receosa sobre a maneira como me expressaria.
Porém, no decorrer do curso me vi motivada a expor minhas conclusões acerca dos materiais indicados em sala de aula. Assim, eu redescobri o gosto pela escrita.  A postagem que mais gostei de fazer foi "A legitimidade do discurso", pois surgiu de um confronto com o professor. Ele me fez duas perguntas e num primeiro instante fiquei confusa, mas depois parei, fiz a releitura do texto e associei com alguns fatos históricos. Desse modo, me vi em um grande desequilíbrio e paradoxos de ideias, o que foi muito bom, pois a partir disto consegui chegar a uma conclusão reflexiva.
Agora, a disciplina chega ao fim, mas como diz a citação acima isso "é um  novo começo", pois com a experiência adquirida saberei articular melhor meus pensamentos e utilizar os mecanismos eletrônicos que suportam a informação.

Até breve, pois o Palavra em Curso não pode parar.
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Thaísa Helena



Muito estimulante o vídeo apresentado. Mas acredito que o Brasil precisa acordar.
A maioria das escolas estão voltadas para um currículo de competências e habilidades e a proposta de priorizar o conteúdo foca exclusivamente no que consta na Prova Brasil.
O que pude perceber ao participar de um projeto que visava o reforço nas disciplinas de português e matemática, voltadas para a melhoria do IDEB, foi o descrito acima. As escolas se preocupam ao extremo com o resultado que vão obter e deixam de lado outros aspectos também importantes para os alunos, mas que não são cobrados no exame.
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Thaísa Helena
O Sistema Nacional de Avaliação da Educação Básica (Saeb), foi criado em 1990 e, desde 1995, realiza seu ciclo de avaliação a cada dois anos. O Saeb foi criado tendo por objetivo central promover uma avaliação externa e em larga escala da educação no Brasil, visando a construir dois tipos de medidas. A primeira, da aprendizagem dos estudantes e, a segunda, dos fatores de contexto correlacionados com o desempenho escolar. A implementação da avaliação em larga escala se constituiu com a intenção de subsidiar os formuladores e executores das ações governamentais na área educacional em todos os níveis de governo. Com a avaliação se pretende averiguar a eficiência dos sistemas no processo de ensino-aprendizagem e, também, a equidade da educação oferecida em todo o país.

O Sistema é composto por dois processos:
  •  Avaliação Nacional da Educação Básica (Aneb) :
    abrange de maneira amostral os estudantes das redes públicas e privadas do país, localizados na área rural e urbana e matriculados no 5º e 9º anos do ensino fundamental e também no 3º ano do ensino médio. Nesses estratos, os resultados são apresentados para cada Unidade da Federação, Região e para o Brasil como um todo.
     
  • Avaliação Nacional do Rendimento Escolar (Anresc):
    é aplicada censitariamente alunos de 5º e 9º anos do ensino fundamental público, nas redes estaduais, municipais e federais, de área rural e urbana, em escolas que tenham no mínimo 20 alunos matriculados na série avaliada. Nesse estrato, a prova recebe o nome de Prova Brasil e oferece resultados por escola, município, Unidade da Federação e país que também são utilizados no cálculo do Ideb.

Descrição dos resultados alcançados:

Os resultados do SAEB apontam para a melhoria da qualidade e equidade da escolarização. Um dos marcos da educação para o desenvolvimento nacional e para a diminuição das desigualdades estruturais que afetam o Brasil.



 Podemos encontrar os resultados das avaliações no site: http://www.inep.gov.br/
Thaísa Helena
Thaísa Helena
Texto: Produção Textual, análise de Gêneros e Compreensão
autor: Luiz Antônio Marcuschi

"Desde que nos constituímos como seres sociais, nos achamos envolvidos numa máquina sociodiscursiva".
                                                                                         

Como já vimos nos slides na postagem do dia 11 de outubro, os gêneros textuais estão presentes em nossa sociedade em diversos aspectos.
Marcuschi trata a questão dos gêneros textuais de uma forma bem dinâmica e atual. Para nós, futuros educadores, é interessante e de muito proveito ter acesso a tais reflexões.
Em uma sociedade que corre contra o tempo com infindas inovações, precisamos articular bem os conteúdos como no caso da INTERGENERICIDADE que é a disposição de vários gêneros em uma mesma mensagem. Podemos então, adaptar nossas práticas incentivando a produção criativa e sua identificação nos alunos. Levando em conta a questão intercultural e um ensino situado em contextos reais da vida cotidiana.
Os suportes para a aplicação da mensagem que se deseja transmitir são bastante variados e auxiliam a compreensão e o tipo de linguagem utilizado. Por exemplo um jornal e uma cartam ambos suportam uma mensagem, mas os gêneros inseridos são distintos.
Sobre esta questão dos gêneros e os PCNs Marcuschi diz que: "por um lado, quando os PCNs propõem conteúdos pragmáticos mostram-se inevitavelmente redutores e, por outro, quando concretizam as ações, tornam-se homogeneizadores, sugerindo que todos os professores trabalhem determinados fenômenos."
Assim, percebemos que as noções, estratégias e processos com suas exemplificações são mais respeitáveis do que os conteúdos mais específicos.

Essas questões me fazem recordar do meu ensino médio, na 2ª série especificamente, onde a professora trabalhou uma questão interessante. Ela usou como gênero textual, os epitáfios e pediu para que fizéssemos alguns contendo figuras de nossa sociedade como: o que estaria escrito na lápide de um médico, de um dentista, de um açougueiro. Foi uma atividade divertida e muito bem trabalhada, pois nos despertou para a importância de tais pessoas e suas contribuições em nossas vidas.
Thaísa Helena
"Sábio em suas raízes etimológicas, significa 'aquele que degusta'. Ser sábio não é ter acumulado conhecimentos num grau superlativo: é haver desenvolvido a capacidade erótica de sentir o gosto da vida. Sapiência é nada de poder, uma pitadinha de saber e o máximo possível de sabor".
Roland Barthes

A pergunta que não quer calar: A utilização do livro didático é realizada de forma coerente com as propostas dos PCNs? Temos permitido que nossos alunos tenham um pouco de sabor?

O livro da coleção "Eu Gosto"- 2º ano do Ensino Fundamental das autoras Célia Passos e Zeneide Silva nos faz repensar a prática do ensino de língua portuguesa na sala de aula.
Embora a proposta do livro seja de uma educação formativa, sua diagramação e formatação dos conteúdos coloca em xeque tal aplicabilidade.

O livro é separado em lições, embora as leituras que as iniciam sejam interessantes, as atividades são extremamente moldadas e fechadas em si. Como lemos no texto de Irandé Antunes, algumas práticas de escrita são um tanto quanto irrelevantes como exercícios de fixação, separação de sílabas, reconhecimento de dígrafos, encontros vocálicos e consonantais.
As atividades estão inseridas em um contexto tradicional, onde a predominância é o famoso "decoreba". Questões como "separe as sílabas" ou "transcreva a frase", "encontre o dígrafo", os ditados tornam a aprendizagem mecânica e não estabelecem relações com o desejo de aprender do aluno, cerceiam suas habilidades cognitivas e vão em sentido contrário à algumas propostas dos PCN. Tais como o respeito da cultura local e regional do alunos, a valorização da diversidade, a formação do pensamento crítico em meio aos discursos sociais, enfim, reconhecer as regras gramaticais é importante, porém não deve ocupar todo o currículo afastando assim, os alunos de se desenvolverem como cidadãos pensantes capazes de selecionar seus próprios discursos e consequentemente sua forma de atuar na sociedade.
 Toda atividade deve ter um propósito e um contexto. Muitos livros como este, fazem uma padronização esquecendo-se que o que rege a escola é a pluralidade e não a homogeneidade.
Thaísa Helena
Que exemplos temos deixado para nossas crianças?


Thaísa Helena


O ensino da língua é muito importante para qualquer indivíduo que se constitui como cidadão. É através dela que sua percepção de mundo será ampliada e se tornará mais específica e objetiva. Há alguns fundamentos que norteiam o ensino da língua como: tornar acessível aos alunos os textos sociais e não só isso, mas ensiná-los a produzir e a interpretá-los.

Neste percurso nos deparamos com alguns conceitos linguísticos como os gêneros textuais que podem ser trabalhados com inúmeras exemplificações como uma receita, um bilhete, uma narração, e variados suportes: uma folha de papel, um telefone, um blog (como este). Há também a análise discursiva, que exige a organização do pensamento a fim de estruturá-lo de uma maneira crítica no aluno. Não se esquecendo da textualidade que é toda a produção realizada independente de ser ou não escrita.

Partindo destes princípios, ao ensinar nosso aluno devemos deixar de lado os mitos e preconceitos que permeiam a utilização da língua falada classificando-a como correta ou não. A prática da oralidade deve ser trabalhada mostrando aos alunos que há diversas formas de se falar, tudo depende do ambiente e do contexto social.

Já em relação à língua escrita, inicialmente, deve-se “ensinar o sistema alfabético da escrita (a correspondência fonográfica) e algumas convenções ortográficas de português”. Alcançados estes objetivos iniciais pode-se problematizar o desenvolvimento cognitivo trazendo para a sala de aula textos que apresentem características do cotidiano e da realidade dos alunos.

Assim, esperamos que estes educandos adquiram competências durante o processo de aprendizagem que os possibilite articular os conhecimentos na sociedade representada por inúmeros discursos.
Thaísa Helena
Resuminho produzido para facilitar nossa compreensão sobre o tema.
Espero que gostem.

Thaísa Helena
Segue abaixo uma seleção de três tipos desta categoria:



Thaísa Helena
"A leitura somente proporciona à mente os materiais do conhecimento;
é o pensamento que faz nosso o que lemos".
                                               John Locke



É..... apropriar-se do conhecimento. Até onde vai o domínio do saber? Será que a maneira como ele é
mediado para nós é eficaz?
Como podemos ver nossa sociedade abarca uma série de transformações na educação.
Uma delas, a que mais vou articular neste post, é a diferença entre a educação tradicional e a formativa.
A educação formativa tem por natureza partir dos erros do aluno para propor a aprendizagem; já a tradicional utiliza os erros pra reforçar a "impotência" do aluno diante de uma nota ruim e o discurso prepotente de seu professor. Na educação formativa, a escola como base da vida faz sentido, pois ela estimula o aprendizado, ela se coloca à disposição de auxiliar o aluno a aprender a se desenvolver. É uma educação contínua.
Dessa forma vemos que essa educação é benéfica, pois tanto os professores quanto os alunos participam no processo de aprendizagem.Já que esse tipo de educação incentiva a criatividade, podemos utilizar como forma de avaliação os portifólios eletrônicos. Meios de articular os conteúdos de forma livre e construtiva levando em consideração os seguintes princípios:

  • Reflexão: através do pensamento crítico e sistematizado o aluno define o que produzir.
  • Construção/elaboração: estimula a autonomia e a responsabilidade do aluno.
  • Criatividade: é importante para que o aluno busque ideias inovadoras. Evitando a reprodução.
  • Autoavaliação: Embora a opinião do professor seja importante, o aluno tem a capacidade de perceber onde pode avançar .
  • Parceria:o trabalho é realizado em conjunto: professores e alunos
Penso que se no meu tempo de formação inicial a educação seguisse os parâmetros formativos minha formação não seria tão engessada. Embora consiga articular pensamentos e discursos, por vezes me pego sentindo falta de algo pronto o qual eu possa reproduzir. Trágico, mas é verdade. =/

Thaísa Helena
                    O que é verdadeiro ou falso "nessa minúscula fenda por onde aquilo que dizemos nos escapa"?



Embora a sociedade seja contemporânea, os processos educativos, em geral, não o são. Continuam sendo a representação de quem detém o poder na sociedade. Assim, identificamos o discurso ligado ao poder quando, por exemplo, o posicionamento crítico do aluno é censurado pelo professor que uma vez sendo possuidor deste poder detém a legitimidade do discurso. Desta forma ele passa a acreditar que possui a “verdade absoluta” e os processos educativos passam a responder a uma condição autoritária.
A partir desta observação podemos afirmar que o discurso pode constituir-se em verdadeiro ou falso em relação a quem se apropria do mesmo. No texto, Foucault aborda a questão do discurso oriundo da loucura. Ao afirmar: “Era por intermédio das suas palavras que se reconhecia a loucura do louco...”, entendemos que a partir do que era dito, a partilha do discurso entre verdadeiro ou falso era realizada.
Seguindo também no trecho onde ele afirma que o discurso do louco até era ouvido, mas de maneira simbólica nos teatros, onde a verdade aparecia de forma mascarada, podemos fazer uma analogia com o período da ditadura. Nesse período, a questão de “quem quer que seja, finalmente, não pode falar do que quer que seja” era muito clara.
Assim, nossos artistas tidos como loucos, pelos propagadores da repressão, eram “interditados” e seus discursos ou eram excluídos (quando iam para o exílio) ou eram ouvidos nos “teatros” representando a verdade de forma mascarada. Identificamos esta arte simbólica em muitas obras realizadas como o Tropicalismo que durou pouco mais de um ano por ser reprimido pelo governo militar.
Thaísa Helena

"Um livro aberto é um cérebro que fala;
Fechado, um amigo que espera;
Esquecido, uma alma que perdoa;
Destruído, um coração que chora".

                                 Voltaire

Eis-me aqui fazendo um cérebro falar. Meus dedos passaram por inúmeras
linhas deste livro, às vezes eles tinham de voltar a uma mesma sentença para ser assimilada, outras eles escorregavam facilmente. Mas como disse nosso coleguinha Piaget, é desequilibrando
que  nós aprendemos. rs

No livro: "A ordem do Discurso" Foucault faz uma importante afirmação:

"suponho que em toda a sociedade a produção do discurso é simultaneamente controlada, selecionada,
organizada e redistribuída por um certo número de procedimentos que têm por papel exorcizar-lhes os poderes
e os perigos, refrear-lhes o acontecimento aleatório, disfarçar a sua pesada e temível materialidade".


Assim, ele nos revela o jogo de interesses envolvidos em um discurso.
Uma relação de desejo e poder dividida em interdição, exclusão e censura, e na verdade absoluta.
Para ele, o discurso não deveria ser tão formal, solene, elaborado seguindo as regras sociais
e as influências de instituições tidas como detentoras do saber supremo. Os tabus deveriam ser extinguidos
abrindo espaço para a VERDADEIRA liberdade de expressão.
Como percebemos ele falava há mais de 30 anos atrás sobre uma questão muito atual e presente em nossa sociedade.

Podemos também associar essa censura do discurso às mídias, que hoje detém um grande poder de informação e cabe a nós, somente a nós, avaliarmos o conteúdo, se se trata de um interdito, uma exclusão de saber em detrimento
de outro ou se é uma verdade absoluta e universal.
Thaísa Helena
A vida é muito engraçada. Por vezes imaginamos como gostaríamos que ela fosse tão simples, principalmente em meio às crises, mas se pararmos para de fato averiguar, simples ela é. Nós é que complicamos tudo.
Foi assim quando tive de criar esse blog: "Ah, não. Nem sei o que vou escrever, não sou tão boa com as palavras". Maaaaas o que é a vida se não arriscar? Então...."vamo que vamo". Compartilharei aqui sínteses dos textos lidos recentemente na disciplina de língua portuguesa com meu professor Ivan Amaro.
"Sigam-me os bons"!
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